Fantástica Gramática Automática
Monday, August 28, 2006
  Últimas vezes
O que é que eu fiz o meu tempo. Quantas vezes é que ele se multiplicou em tanto e se dividiu em tão pouco?
Dividimos o tempo de uma forma e já não podemos voltar a trás. E o que fizemos com o tempo? Quantas vezes o quê? As últimas vezes de cada uma. E quantas foram no total,
Quantos dias? E cidades? E quilómetros? Quantos transportes? E túneis? E bilhetes picados? E transbordos? E atrasos?
Quantos telefonemas aos pais? E às irmãs? E postais enviados? Quantas mensagens para os amigos?
Quantos álbuns? E livros? E jornais? E filmes? E museus? E exposições? Quantos caracteres, sílabas, palavras, frases, linhas, parágrafos, capítulos?
Quantos cigarros e garrafas de vinho? Quantos doces turcos à beira do Isère?
Quantas vezes fui à lavandaria? E à Fnac? Quantas vezes discutimos? E cozinhei? E aspirei a casa? Quantas coisas esquecidas? E lembradas? E manhãs na cama? E amor que fizemos?

E quantos quantos? Tantos. Mas quantos?
 
Thursday, August 24, 2006
  Especiais
Uma vez, quando tinha catorze anos disse a uma pessoa amiga,
“Há pessoas que são especiais e outras que não, que não interessam para nada. Nós os dois somos especiais”
e continuei numa grande dissertação sobre o destino como entidade reguladora com sentido de humor e com afinidades muito grandes com a lei de Murphy; e isto envolvia uma bola de vólei e um cesto de basquete, uma vez à noite no pátio da escola. Ela ria-se de mim e do meu entusiasmo: estávamos apaixonados. Fomo-nos apaixonando ao longo dos anos e esse amor aos meus catorze anos era tão romântico como um romance do Júlio Dinis. Muito, muito dramático. Muito, muito romântico. Ela ria-se de mim e de eu achar que éramos especiais, ria-se da situação. Ela sempre se riu de mim. Se nos tivéssemos envolvido teria sido como o livro O Paciente Inglês, em que ela lhe batia, mordia e arrancava cabelos.
Lembro-me também de ter nomeado mais umas quantas pessoas que considerava serem especiais. Acho que o critério principal era conhecerem-ME. De facto, a única pessoa especial era eu. Os que não eram especiais eram os tais fracos que a história nunca conta. Queria ser especial porque a mediania me assusta. A própria palavra está muito próxima de mediocridade.
Os anos passaram e intermitentemente essa rapariga e eu fomo-nos encontrando. Passaram, entretanto, quase dez anos desde que isso aconteceu. (Uma coisa é certa, já não sou especial – e o já está a mais porque nunca fui. Talvez seja para os meus pais, como as minhas irmãs são, mas eles não contam. Eles iam gostar sempre de nós.)
Então dez anos e muitas intermitências depois, recordo essa noite. E recordo também algo que me aconteceu, sete meses depois dessa noite. Ensinaram-me que todos somos especiais e únicos. E somos. Nem que seja porque não há dois seres humanos iguais. Não há nada igual. Isso faz com que todas as pessoas sejam especiais.
Se me tivessem dito isto aos catorze anos eu teria anuído, mas teria respondido que as pessoas especiais são aquelas que estão destinadas a algo. Aquilo que uma pessoa atinge e alcança depende unicamente do esforço empreendido. Há uma espécie de relação directamente proporcional entre o esforço sincero e aquilo que se alcança.

Só acredito que sou especial em circunstâncias igualmente especiais. Quando entro num avião, no metro em Londres, Paris ou Nova Iorque, olho para as pessoas à minha volta e penso que hoje não é o dia destas pessoas morrerem. E eu entre elas. E sossego o espírito.

(E contrariamente a tudo o que acima escrevi, há pessoas que são mesmo especiais. Não só são especiais para nós como também são especiais universalmente.)
 
Monday, August 21, 2006
  Lugares estranhos
Há dois anos atrás, quando vi o Lost In Translation, achei que a tradução era muito má. Entretanto tive um seminário que se chamava estudos de tradução e continuei a achar que a tradução era muito má. Porque embora o filme se tratasse de amor, não tratava o amor como um lugar estranho. Falava das diferenças: de cidades, de realidades, de idades, de concepções, etc. E das traduções/adaptações que duas pessoas diferentes têm de fazer quando se encontram e há um hiato que as separa, qualquer que ele seja. Nunca consegui encontrar – ou fazer para mim mesmo – uma tradução que me parecesse adequada e acabei sempre por falar do filme com o título original.
O amor, no entanto, não deixa de ser um lugar estranho. Só há pouco tempo é que consegui compreender a totalidade, o absoluto desta expressão. E do ponto de vista que eu a compreendo, um ponto de vista muito pessoal e íntimo, acho que não podia ter ficado pior no filme que é. Porque o amor como lugar estranho só faz sentido em situações em que a paixão já desapareceu e só já existe o amor, em que deixa de haver a urgência do sexo, o palpitar desenfreado. É um lugar estranho, o amor, porque nunca esperámos que fosse assim: I am caught in a flow of sound/And you’re just some melody. É suave, é cálido, é estável, já não vive do arrebatamento da paixão.
Vivo na certeza que na situação do filme havia desejo. Mas haveria paixão? Amor? Interessa mesmo saber? Era só um filme… Ainda mais, porque os filmes norte-americanos não mostram a realidade – nem nada que se pareça –, mostram projecções de sonhos e desejos. Dos outros.

O que é um lugar estranho? Um lugar onde nunca estivemos? Um lugar onde não nos sentimos à vontade? Um lugar estranho são pessoas com quem não nos sentimos à vontade? Ou são pessoas com quem nos sentimos demasiado à vontade?
Provavelmente, um lugar estranho é tudo isso. Um lugar estranho, na minha perspectiva pessoal e íntima, é um lugar/situação onde nunca nos encontrámos antes. Ou se encontrámos, ainda não nos sentimos à vontade.
Francesco Alberoni, num dos seus menos aborrecidos livros, O Primeiro Amor, escreveu que o primeiro amor é sempre último que temos, porque é este que sentimos com maior plenitude e consciência. Ou seja, saltitamos de primeiro amor em primeiro amor ao longo de toda a nossa vida. Não concordando totalmente, não consigo deixar de pensar que até um fundo de razão no meio de tudo isso. Porque sentimos esse último amor com uma maior construção de nós próprios e estamos mais despertos. E assim sucessivamente.

O amor é então um lugar estranho porque é sempre algo novo.
Então o nosso corpo/alma faz como sempre fez quando se encontrava em lugares estranhos: adaptou-se com o tempo até deixar de fora a sensação de estranhamento e sentir-se à vontade. O amor ainda é mais amor quando deixa de ser um lugar estranho e passa a ser um lugar conhecido. De apenas duas pessoas, claro está.
 
Wednesday, August 16, 2006
  Maleabilidade
Quando ainda estava a fazer a licenciatura aprendi esta palavra: resiliência. Grosso modo, muito grosso modo, é um sinónimo de resistência. Mas aplicado às crianças. Pode ser considerado uma capacidade que as crianças têm, ou não, de fazer face às adversidades. Quanto mais resiliente a criança for mais capacidade tem para estar em situações adversas ou adaptar-se a elas. Uma das funções do educador de infância que trabalha na creche é desenvolver a resiliência nas crianças.
Lembrei-me desta palavra hoje, não porque andava a remexer em papéis antigos, mas porque tenho andado a pensar sobre viagens e religião. (Mas a religião não é para aqui chamada.) E também sobre a minha resistência à mudança.
Quando andava na creche e depois no jardim de infância a minha resiliência não deve ter sido muito desenvolvida. Se tivesse sido, hoje em dia não seria tão resistente à mudança. No entanto, isso não deixa de constituir um paradoxo: porque ao mesmo tempo que me custa imenso mudar e que os períodos após as mudanças são de uma fraqueza enorme, e por consequência, inércia, os últimos dois anos da minha vida foram, em larga medida, a viajar. E viajar implica uma constante mudança de cenários, de hábitos, de organização. Implicam mudar e mudar e mudar. E tantas vezes esta palavra surge. Esta ou um sinónimo qualquer.

Entretanto lembrei-me de escrever a um dos meus professores a perguntar se a resiliência se podia desenvolver na idade adulta. Acabei por não escrever, mas acho que sim. Há medida que vamos envelhecendo, vamo-nos tornando mais resistentes às aprendizagens, às mudanças, às novas tecnologias. Tornamo-nos acomodados.
Mas não consigo deixar de pensar que me estou a tornar menos resistente à mudança, mais resiliente. Nessa medida, posso afirmar que ainda estou a crescer em vez de estar a envelhecer. E de novo me lembro da universidade e de um princípio pedagógico: ao longo da vida, uma pessoa não cessa de crescer e aprender. Mentira. Há pessoas que a partir de determinada idade começam a envelhecer. E outras há que envelhecem desde que nascem, que nunca chegam a crescer.
Quando olho para trás e penso no meu percurso, emocional, académico, familiar, creio que durante muito tempo envelheci. Envelheci precocemente. Depois parei. Agora sinto que finalmente estou a crescer aquilo que devia ter crescido. Algo que as pessoas confundem com alguma frequência é crescer com envelhecer. Eu quero chegar a uma idade avançada sem ter envelhecido, apenas crescido.
Uma das formas para se desenvolver a resiliência é através de pequenas vitórias, pequenos passos que vão sendo dados. Depois de ter parado de envelhecer, recomecei a viajar. E soube-me tão bem. E li vários ensaios e textos sobre as viagens e nenhum deles consegue explicar aquilo que sinto quando viajo. Suponho que viajar é como a linguagem, uma experiência pessoal e íntima, que pode ser partilhada, mas que tem uma semântica individual e característica de cada indivíduo. Subjectiva.
Matematicamente, e pondo fim ao paradoxo que estabeleci, a minha resistência à mudança é inversamente proporcional aos quilómetros que faço. Quanto mais viajo menos resistência à mudança tenho. Nos últimos dois anos viajei mais do que nos resto da minha vida toda. Gosto dos aeroportos, estações de comboios e terminais de autocarros, gosto das pessoas e gosto de me sentir entre elas.
 
Thursday, August 10, 2006
 
Anatomia
Às vezes acho que os meus ouvidos também são os meus pulmões.
Uma vez questionei as minhas mãos. Na altura não procurava saber se eram bonitas ou feias, não me interessavam os juízos de valor. Olhava para elas, para os cinco dedos que compõem cada mão. Porque é que as mãos se chamam mãos? Foi aleatório, arbitrário, causal, casual? Saussurre e Peirce podiam responder bem melhor que eu. Penso que penso e volto a pensar.
As mãos são um caule com cinco raízes que têm uma capacidade de movimento bastante interessante. Quando pensei isto já não estava na descoberta da minha própria motricidade, se assim fosse não teria tido capacidade de abstracção. Na altura também não me lembrei de Saussurre e Peirce, isso é de agora, um acrescento que fiz.

Hoje vi-te na rua...
Hoje vi-te na rua. Sabia que não eras tu, que não estavas na rua. Mas vi-te na mesma. Não te conhecia o vestido. Era todo azul com bolas brancas, atava na cintura. Só que não eras tu porque eras um pouquinho maior. Mais alta, mais larga, não muito. Mas continuavas a ter a mesma harmonia. Andavas e as ancas rebolavam, rebolavam. Ninguém olhava para ti a não ser eu. Ainda bem, acho que tinha ficado com ciúmes só de olharem para ti. E como ninguém te quisesse, passavas a transbordar sensualidade e calor na manhã fresca. E ninguém se importava, ninguém olhava, tinha-te só para mim. Continuei atrás de ti, fascinado pelo movimento das tuas ancas, que rebolavam, rebolavam.
Olhei para os teus pés: calçavas as sabrinas prateadas que compraste nos saldos. Sempre pensei que tivesse sido apenas um ímpeto por estarem tão baratas na loja. Acabaste por usá-las e fiz bem em estar calado na altura: rir-te-ias de mim agora ao mesmo tempo que inventavas um jogo qualquer para eu perder. Fazíamos mais uma combinação e falávamos da vida que ainda iríamos ter.
Passaste pelo meio do jardim: eu ia atrás de ti, passei ao teu lado e depois fui à tua frente. Não me viste. Porque não era tu.
 
Monday, August 07, 2006
  Estilo diarístico
(Dilema estival: comprar um guarda-chuva no início de Agosto. Nem sequer vou continuar. Está a chover, e então?)
Acabei de ler um livro em que o personagem principal, a determinada altura, começa a ler o seu próprio diário. No livro diz que começou a ler o diário para reflectir sobre a sua vida, para identificar os erros da sua conduta – o personagem principal é um padre. Naturalmente, não passa de um dispositivo literário para preencher o hiato temporal entre a idade adulta e a velhice do personagem. Não deixei de achar que era extremamente interessante a sugestão e decidi, na altura, pousar o livro e ler o meu diário.
Levantei-me e apanhei-o da mesa onde estava. A primeira entrada era de dezanove de Maio de dois mil e seis. A última datava de há quatro dias atrás. Comecei a ler.

A primeira vez que escrevi um diário foi no Verão da minha passagem do quinto para o sexto ano; no final do Verão. Comprei um caderno preto e comecei a contar o que se passava no meu dia a dia. Não tinha problemas se não escrevia todos os dias; isso sempre foi uma espécie de protocolo que estabeleci comigo mesmo, que não havia necessidade de escrever todos os dias, porque de certeza não haveria acontecimentos que merecessem uma reflexão diária. Mas escrevia com muita regularidade, nem que fosse nos momentos em que nada tinha para fazer. Escrevia, escrevia, escrevia.
Veio, entretanto, o secundário. Se de início as reflexões eram sobre qualquer coisa que seria importante para mim com onze anos, a partir daí, a partir dos doze, treze, catorze, a natureza daquilo que escrevia mudou radicalmente. Raparigas, namoros, um desejo de ser normal e de me sentir integrado. Bem, nada de novo para um adolescente. Uma vez escrevi que queria ser escritor. Mas nem passados seis meses achava que tudo aquilo era uma enorme barbaridade.
A última entrada que escrevi tinha quinze anos, a meio caminho dos dezasseis. Era muito simples, tinha apenas algumas linhas em que contava que tinha encontrado uma rapariga que era muito importante para mim e que ela me tinha dito algo que me tinha deixado muito feliz. Terminava da seguinte forma “amanhã continuo que hoje estou muito cansado”. E esta foi a última entrada no meu diário que acumulava cinco anos e três cadernos.
Sempre me lembro de ouvir a minha mãe dizer que se arrependia muito de ter deitado algumas cartas de amor para o lixo. Foi isso que me fez ter escrúpulos. Um dia, no meio das limpezas de Verão, foram todos parar ao lixo. E passei cinco anos sem escrever uma linha num diário.

Encontraram-me entretido com a leitura do meu diário. Estava cansado. Como é que uma pessoa muda a forma de escrever em apenas três meses? Desde dezanove de Maio até três Agosto a minha forma de escrever tinha mudado tanto. Não reflectia sobre coisas sem importância: acabava não por relatar, como um observador-participante, mas por fazer relações entre o meu passado e o meu presente e aquilo de que eu tenho medo no futuro.
Então encontraram-me entretido com a leitura do meu diário. Tinha o sobrolho franzido e estava cansado. Que estás a ler? O meu diário. Posso? Estiquei o braço e entreguei o caderno. Não, lê tu. E li.
 
Thursday, August 03, 2006
  Cartas à quinta
P. e M.
Cheguei há uma semana mas já me sinto muito afastado da vida em Portugal. Fico sempre com essa sensação quando viajo, parece que me consigo adaptar muito bem ao local onde estou. Há alguns anos que não vinha a França e fiquei muito surpreendido, assemelha-se muito à Alemanha pela organização. Gosto disso.
Os Alpes são os Alpes. No entanto fiquei com a sensação que estava no norte de Espanha, nos Picos da Europa. À noite vêem-se cidades a voar, aldeias que ficam no topo das montanhas que não vemos no escuro. Fiquei com vontade de voltar às Astúrias e Cantábria. Não tem estado muito calor e troveja imenso. Beijinhos e saudades, M.

A.
Olá, olá. Como corre a vida em Lisboa? Aqui só agora é que comecei a pensar em férias e nos meus projectos pessoais, só terminei os trabalhos ontem.
Grenoble é uma cidade engraçada, pequena, pelo menos a parte interessante. Mas tem uma Fnac! Sempre dá para gastar mais dinheiro, ou não, porque a minha conta não anda muito feliz, aliás, não anda nada feliz.
Ao contrário do que me disseram, as senhoras das caixas são simpáticas e até já consegui arrancar um sorriso ou outro. E regra geral as pessoas são bonitas, o que torna os passeios muito agradáveis. Beijinhos do irmão mais lindo do mundo, M.

M.
Olá, já sei que em Viena ficaste sem o emprego, li no teu blogue. Mas concordo contigo, seriam precisas três pessoas para fazer o teu trabalho. Eu sempre disse que tu eras a maior! Mas há possibilidade de arranjares outra coisa?
Espero que o curso de alemão esteja a correr bem e que já tenhas aprendido as coisas mais importantes, isto é, a praguejar. Como o mail luso-francês ou franco-português que há dias me enviaste. Ias gostar de estar aqui em Grenoble, há imensos caminhos pedestres que se podem fazer e sempre podias começar subir umas montanhas pequeninas, para perder o medo. Beijinhos e abraços para os dois, M.

V. e V.
Cheguei bem apesar de todas os atrasos. O dia escolhido não foi um bom dia para se viajar: primeiro o avião atrasou-se duas horas em Lisboa e tive que ir a correr para a Gare de Lyon, em Paris. Depois de me sentar no comboio, mesmo em cima da hora da partida, este atrasou-se meia hora. Mas cheguei e correu tudo bem. Estava inteiro e tinha todas as malas comigo, até a tenda.
A cidade é engraçada, mas não vi muito porque estiver, até ontem a trabalhar no ensaio que tive que entregar. Ficou feito e entregue e agora é que vou começar a explorar isto. Vou ver se consigo subir uma montanha. Beijinhos, M.

Z.
Este postal mostra (nesta altura habitualmente falo sobre o postal que enviei, mas visto que isto é um post de um blogue, vai assim) uma coisa muito bonita.
Contaram-me que todas as montanhas em Grenoble têm um nome. E se andarmos na rua com atenção, começamos a perceber que não são muito originais: todas as ruas e cafés se referem a uma das montanhas ou a Stendhal, que é um escritor bastante famoso que nasceu aqui, ou viveu, não sei. Mas é importante.
Só devo voltar a Portugal no início de Setembro, talvez ainda chegue a tempo do meu aniversário. Beijinhos grandes, M.
 
fgautomatica@gmail.com | 'é necessário ter o espírito aberto, mas não tão aberto que o cérebro caia'
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