Fantástica Gramática Automática
Wednesday, November 28, 2007
  Pensar e aquilo que é parecido mas não é pensar
Quando há pouco menos de um ano atrás lia sobre a vida das ideias
(desde que nos surgem desde nos afloram a mente no caos aleatório do cosmos o toque no infinito as imagens tudo de uma só vez a beleza suprema de uma ideia que vem ter connosco. no momento em que a acção de pensar se tornou uma realidade que parecia impossível e a ideia é nossa porque nos escolheu. e nós metaforados de guerra só pensamos em ganhar o terreno superior e usar a ideia arma afiada capaz de desferir golpes mortais. era caos no infinito se ao menos nos não tivéssemos apropriado dela)
não pensava que pudesse mesmo ser assim. Mas é. Os nossos pensamentos são incapazes de uma ideia, da mesma forma que somos capazes de pensar. Aquilo que fazemos é relacionar as ideias
(isso é parecido mas não é pensar e mesmo que lhe tenhamos chamado pensar é quase pensar)
e dizemos que pensamos. O verdadeiro pensamento não surge quando desejamos, surge com as ideias, têm a mesma natureza, o infinito
(podemos passar uma vida a aspirar às ideias e aos pensamentos e ser incapazes de um apenas relacionar os conhecimentos)
.
Muitas vezes penso que o trabalho académico não passa de relacionar ideias
(olho para aquela mancha na parede que não se mexe até parece mão morta e afio as ideias como o amolador em portalegre que nos finde de manhã e princípios de tardes de domingo em que não chove nem faz sol e ouve-se o apito da carrinha da family frost)
, torná-las tão afiadas que nem eu me consigo aproximar. Isto não é pensar
(é parecido com pensar mas não é pensar não é ter ideias é organizar aquilo que já se sabe e preparar uma arma afiar uma ideia de outrém e usá-la como ataque como humilhação)
, é ser pobre e podre de espírito. Porque quase pensar sem conseguir pensar é o mesmo que ter o cérebro gravado
(pratos de bronze ou metais baratos com símbolos de clubes)
com outros.
Vem depois o sublime das ideias, os pensamentos que nos enchem o corpo, pedaços de infinito que muito ocasionalmente conseguimos tocar
(ainda que no momento em que o fazemos os comecemos a destruir)
.
 
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