Introdução à indução
O contexto é sempre maior que o texto. A não ser que o contexto seja o texto
(o que é impossível porque é impossível canalizar uma realidade multi-sensorial através de um único meio que privilegia menos do que cinco sentidos)
. As minhas contextualizações sempre foram maiores que as minhas textualizações
(por essa razão nunca serei o contador de histórias que quero ser)
e perco-me naquilo que é meramente acessório e devia ser funcional. Inverto a ordem
(que podia ser uma coisa boa)
mas não obtenho o bom resultado que isso podia originar. Perco-me então em linhas salteadas. Já escrevi mais do que cem palavras e ainda não consegui chegar à contextualização
(perdi-me)
. Queria ter começado por falar de setenta e duas triangulares horas entre Siracusa, Nova Iorque e Filadélfia e tudo o que se passou
(não consigo a reprodução exacta das conversas e cada coisa que nos fez rir parece pertencer agora a outras pessoas que não aquelas que nós fomos)
.
Tanta volta levou-me de onde queria ter chegado.