A título de excepção
. Ao longo da sua obra
(ou do pouco que eu li da obra de oscar wilde)
Oscar Wilde defende, através da sua própria voz ou através de paradoxais conversas filosóficas dos personagens que cria, a beleza e a arte. Rejeita, naturalmente, qualquer teologia ou dogmatismo religioso, independentemente do credo
(aquilo a que chamei teologia ou dogmatismo é aquilo a que ele chama moralidade
ou
no seu caso pessoa a ausência dela)
. Quando sai quixoticamente em defesa da arte e a beleza descuida-se e perde-se em argumentos mesquinhos
(juízo de valor utilizado propositadamente e não descuidadamente)
caindo no erro que eu me forcei, empregando juízos de valor pedantes.
A beleza e a arte são conceitos que forçam atitudes culturais e sociais
(contingentes a uma época e aos seus produtores)
, mas o modo como são encaradas faz com que tenham o mesmo valor que a teologia e os dogmas de uma qualquer religião
(porque acreditamos tão cegamente nela porque as vemos tão carregadas de juízos de valor que há muito perdemos de vista a sua origem e as vemos unicamente como verdades universais e inquestionáveis)
.
Eu gosto de Oscar Wilde, mas isso não me impede de tecer estes comentários a seu respeito. Mais do que nunca entendo a importância de ser... sério?