Hoje li um livro na minha hora de almoço
Hoje li um livro na minha hora de almoço. Não foi bem na minha hora de almoço porque demorei um bocadinho mais e já tinha lido umas páginas no metro quando ia, atrasado, para o trabalho.
Hoje li um livro na minha hora de almoço com bacalhau assado e batatas assadas, tudo requentado, até o livro que já tinha começado a ler.
Hoje li um livro na minha hora de almoço. O livro era pequeno e eu estava a a ler depressa
O livro que hoje li na minha hora de almoço chama-se Seda
(devia ter colocado seda entre aspas para dar a entender que é esse o título mas como coloquei uma maiúscula talvez se perceba que seda é o título)
e é bonito. Eu sei que uma vez disse que não ia cair em juízos de valor, mas num movimento que eu já determinei falhado que dentro de alguns dias irei abandonar de tornar este blogue mais legível e pessoal
(como se fosse possível torná-lo mais pessoal)
, vou evitar quaisquer análises pós-colonais
(a imagem serena no japão os contrabandistas da holanda os ingleses vendedores de armas e os chineses mercados oferecem-se a uma análise de estereótipos que não faço)
ou do personagem principal ou do amor transcultural.
O livro que li hoje há hora de almoço é bonito e deve ser lido.
O livro que li hoje há hora de almoço foi lido demasiado depressa. Mas vive em mim uma urgência de ler o mais possível antes de, um dia, morrer.
O livro que hoje li que se chama Seda demora a ler o tempo de ir de King's Cross St. Pancras até Piccadilly Circus, meia hora da pausa do chá e quarenta e cinco minutos da hora de almoço
(os outros quinze foram passados a ler a crítica ao novo livro de philip roth que eu já tenho mas ainda não li e começar a ler um artigo de opinião sobre a sarah palin no new york review of books)
.
Hoje li um livro na minha hora de almoço. É um livro bonito. Foi um italiano de quem gosto muito que escreveu.